quarta-feira, 1 de março de 2017

Eu quero que meu filho sinta amor em meu olhar!



Terça feira de carnaval e estamos partindo do Brasil. Estou triste por deixar parentes e amigos queridos que me fazem uma falta do cão de lá. Estou triste também porque constato mais uma vez como nossa sociedade é carente de amor, carente de presença. Vou explicar tudinho, continua aqui. 


A França é conhecida como o país do direito do Homem (direito humano), mas falta direito para mulher, criança e até homem mesmo... ou seja, aquele famoso "para inglês ver". É o único país da europa que ainda não condena (criminaliza) a agressão contra criança. 


(Não vou entrar no mérito de agressão contra animais e tals, estamos falando apenas de pessoas, tudo bem? Continuemos!) 


E por que minha tristeza? 

Porque mesmo estando no Brasil, país onde essa lei existe, ainda vejo pessoas defendendo a agressão contra as outras pessoas (crianças). 


Século XXI, 2017, e a gente ainda precisa mostrar argumentos para convencer pessoas a não baterem em outras PESSOAS?! 

Sim, isso mesmo, crianças também são pessoas, contrariamente ao que muitos "pensam" ou agem mesmo dizendo não pensar. 


Várias discussões e bate-papos com pessoas e a leitura de um post do blog  Quartinho da Dany me instigaram a escrever sobre alguns motivos para você NÃO precisar bater na sua criança para educá-la. Por que crianças são vistas como sub-humanos? 

Sabe aquela história de que quando era criança meu pai só olhava pra mim e eu ja "respeitava"? Ou então aquela de que me bateram quando criança e eu não virei bandido? Enfim, tantas outras justificativas e defesas da agressão. 

E aquele ditado que todo mundo gosta de repetir hoje: "gentileza gera gentileza", "mais amor, por favor". Pois bem, agressão também gera agressão. 


Aquele olhar 👀 "matador" dos nossos pais na infância... aquilo pra mim não é sinônimo de respeito, e sim de medo. Eu quero que meu filho me olhe e veja em meus olhos AMOR e não medo! 


Então agora vamos a alguns motivos para que paremos de tratar nossas crianças como sub-humanos e que eliminemos a agressão de nossas vidas. 


Nos últimos anos dezenas de pesquisadores doutores cientistas nos chamam a refletir sobre a agressão contra crianças. 


1. Todo mundo já sabe que somos os maiores exemplos para nossas crianças. Ao bater nelas estamos ensinando-as também a bater. Alguns estudos correlacionam a agressividade na adolescência/adulto com a agressão na infância.


2. Em muitos casos do chamado "mau comportamento", a criança está simplesmente respondendo da única forma que sabe, de acordo com sua idade e experiência, indicando que alguma de suas necessidades básicas não está sendo atendida. Suas necessidades podem ser: bom sono e ser bem alimentada, tratamento de alergias, por vezes escondidos, ar fresco, exercício e liberdade suficiente para ser capaz de explorar o mundo ao seu redor. Em nossa sociedade sempre com tanta pressa, não temos tempo suficiente para dar atenção e compreender as necessidades de nossas crianças. É certamente errado e injusto punir uma criança, porque ela não corresponde a nossa expectativa ao reagir a uma necessidade não atendida. 


3. Bater impede a criança de resolver um conflito de uma maneira eficaz e sensível. 

O educador John Holt escreveu: "Quando batemos em uma criança , nós a impedimos de aprender". Ao apanhar a criança concentra-se apenas em seus sentimentos de cólera e de revanche (vulgo vingança, mas parece muito forte para uma criança não é mesmo? Pois é isso que a ensinamos). Além de a privarmos da oportunidade de aprender métodos mais eficazes para resolução de problemas. Mais uma vez a agressividade usada para resolver problemas no futuro. 


Enfim, essas são apenas 3 razões pelas quais eu não bato em minha criança e tento mostrar aos que me rodeiam a fazer igual. Mesmo eu tendo "sobrevivido" a palmadas e não ter me tornado uma criminosa. 


Vou postar essa semana outras razões que me levam a ter esse comportamento também! 

Fique com a gente e acompanhe os próximos argumentos! 


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Carol Daussat