A vida de uma recém-mãe é pontuada por obstáculos.
Primeiro vem o choro incessante, o difícil começo da amamentação e as noites mal-dormidas.
Quando a coisa começa a melhorar, lá pelo segundo ou terceiro mês de vida do bebê, a mãe já lida com um novo e enorme desafio: o fim da licença-maternidade e a volta ao trabalho!
Engraçado que eu não tenha falado disso ainda por aqui...
Desde que o Rudá nasceu, eu já gastava grande parte do meu tempo pensando em como seria a volta ao trabalho (sério! ou quem nunca? )
Tudo bem, acho que todas nós pensamos nisso, não é mesmo?
Afinal de contas, apenas pensar não nos faz correr o risco de ficar sem o emprego.
Em muitos casos, isso pode ser uma escolha mas, em outros, infelizmente não.
Por um período de 5 meses pude estar integralmente com meu filho.
Fizemos inclusive uma viagem ao Brasil para conhecer a família, só nós dois. Então, na volta, iniciamos a adaptação na casa de uma babá por meio expediente.
Eu tive a felicidade de negociar com o chefe e voltar a trabalhar somente em meio expediente, o que me permitia estar com ele todas as manhãs! Isso já me deixava menos inquieta, mas não o bastante a ponto de me questionar todos os dias se estaria fazendo a coisa certa... até que isso começou a se confundir e se misturar com todos os outros questionamentos que já estavam rondando minha mente desde a descoberta da gravidez...
Na verdade, fui percebendo que toda angústia e culpa que sentimos é uma cobrança do nosso próprio ser e, claro, acompanhadas de uma (baita) insegurança, aquele receio básico de estar errando tudo (ai!).
Por isso, a partir de agora, eu encorajo sempre uma mãe a fazer o que diz seu coração. Há mães que desejam voltar às atividades que tanto gostam e apreciam. Outras, prefeririam estar todo tempo com a cria. E há aquelas, em quase infinita maioria, que sequer têm escolha. Precisam voltar ao trabalho impreterivelmente, e abafam todos os sentimentos dentro do coração. Por que, afinal, mãe é forte (só que não precisa ser)!
Em meu caso, meu coração pedia para estar 100% com meu bebê, e eu estou trabalhando tanto psicologicamente quanto financeiramente para isso. E você, o que você mais desejou ou deseja agora com o nascimento do seu bebê?
Mesmo com o peso da escolha, o que eu gostaria de dizer para você que está aqui, é que apenas uma palavra de conforto, um ombro amigo ou um simples ato de empatia já nos alivia e nos faz sentir compreendidas, não é mesmo? Então, mãe, receba meu abraço hoje, mesmo que virtual, ele é sincero e cheio de acolhida!
Sigamos juntas nessa luta em busca de uma maternidade melhor e de todas!
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