quarta-feira, 8 de julho de 2015

O tão temido 1o mês


Este post é uma inspiracão do grupo de mães existente no ig, mamães pelo mundo, do qual acabei conhecendo por ser uma mãe brasileira na França, e posso te dizer há sim muitas diferenças, mas há sobretudo, muitas semelhanças inclusive no que se refere a opiniões e palpites alheios não requisitados. 

Eis que passamos o tão temido e comentado primeiro mês do bebê. Vem que vou te dizer como foi!

Depois do meu lindo parto, que você pode ler o relato aqui , nós passamos 3 dias na maternidade. Foi uma escolha minha, em partes, já que senti um certo receio de partir sozinha com meu companheiro e bebê pra casa. Minha mãe que veio pra França na expectativa de ver o Rudá nascer, partiu de volta para o Brasil 2 dias depois dele ter nascido. No hospital as enfermeiras me ajudaram no primeiro banho do Rudá depois das primeiras 24h, a segunda noite dele sem dúvidas que, se estivéssemos em casa teríamos voltado para o hospital, porque ele simplesmente chorou a noite inteira, e eu estava exausta e sem dormir quase 48h, entre trabalho de parto e a 1a noite, na qual fiquei totalmente sem sono admirando minha cria que em seu 1o dia de vida só quis mamar e dormir.
O leite descia e o peito estava a ponto de explodir. Rudá não conseguia mamar de tão duros que meus seios estavam. As enfermeiras vinham regularmente me ajudar a ordenhar a fim de que não ficassem tão cheios e o Rudá pudesse se alimentar. Chegado o dia de sair. Peso ok, visita pediátrica ok, teste do pezinho (que não foi no pezinho e sim na mão) ok, vitamina D, glicose e não sei mais o que que quiseram administrar ao Rudá: negados! Rudá  nasceu e saiu do hospital sem ter NENHUMA intervenção médica. 

A 1a noite dele em casa foi sim cansativa. Nós mal chegamos e recebemos visitas, e o bonito só fez dormir. As visitas saíram e o show começou… Passamos umas 2 ou 3 horas tentando acalmá-lo, bota no peito, tira do peito, colo, carinho, conversa e finalmente ele dormiu.
Nosso 1o dia sozinhos foi quase inteiro na cama, meu companheiro saiu para o trabalho e eu e Rudá só dormíamos, ele mamava e eu passava horas enfeitiçada por essa criaturinha que fiz.

Dormimos tantas e tantas vezes com ele sobre nosso peito. E eu me via com aquela cena entre o anjinho e o capetinha que nos dizia: essa criança só vai querer dormir assim depois, e de outro lado: que linda essa doação, essa entrega completa para o bem estar do seu bebê, você jamais se arrependerá disso! E a chupeta? Ah a chupeta, eu que era tão certa de que jamais ofereceria esse pedaço de plástico para meu filho, me rendi, disse ao meu companheiro para comprar a tal chupeta porque não sabia mais acalmar meu filho. E ele mais do que eu sabia o que queria. Ele não aceitou NENHUMA vez e nenhum tipo delas, compramos 3 e nada! Solução? Dedo mindinho da mamãe… E lá vinha de novo o capetinha dizendo que eu passaria o resto da minha vida com o dedo dentro da boca do meu filho. Me peguei chorando várias vezes quando punha o dedo em sua boquinha, pois me questionava se era certo isso, tanto pra ele quanto pra mim. E foi assim, feliz demais de ter mandado esse capeta pra pqp, ter ouvido meu instinto, meu coração e ter dado todo meu tempo, todo meu amor, meu sono para esse bebê que nos surpreende a cada dia. Para dormir? Ah dançamos tanto forró juntinhos, cantamos, passeamos e até compúnhamos juntos. 

E seguimos assim o 1o mes, ele dava crises de choro, provavelmente cólicas? Não sei e jamais saberemos. O que sei é que estava lá por 24h, 7 dias da semana sem sequer um intervalo. Perdi o medo de colocá-lo no sling, e então desde que começavam as choradeiras, sagradas por volta das 20h da noite, púnhamos Rudá no sling e papai subia e descia as escadas do prédio pra fazê-lo dormir. E nós seguimos assim nosso 1o mês, nos conhecendo, nos entendendo pouco a pouco, reconhecendo as necessidades do Rudá, sem faltar colo, amor e carinho. No início até pensei mesmo que teria sido inútil essa história de carrinho, ele só estava dentro quando dormia ou quando saíamos. E foram poucas vezes, visto que o Rudá nasceu no inverno europeu, eu odeio inverno e aproveitando sua fragilidade nao saímos de casa por quase todo o mês de fevereiro, salvo algumas poucas exceções.

Sabemos que a vida de um bebê  evolui muito rapidamente, hoje o Rudá tem 5 meses e está completamente diferente do seu 1o mês. Essa fase passou, e mesmo que na época parecia que nunca fosse acabar, ela acabou. Hoje vivemos outras coisas, outras maravilhas, outras dificuldades, o puerpério aqui é "brabeza", punk mesmo. Mas no fundo sigo com o mantra: vai passar! E é tudo muito incrível, e eu me alegro a cada dia de passar cada fase tão perto, tão presente, com tanto amor e empatia com meu bebê. Tudo vai progredindo, alegrias e tristezas e essa é a maravilha da vida, olhar pra trás  e sentir que se fez a coisa certa!

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