Este post é uma inspiracão do grupo de mães existente no ig, mamães pelo mundo, do qual acabei conhecendo por ser uma mãe brasileira na França, e posso te dizer há sim muitas diferenças, mas há sobretudo, muitas semelhanças inclusive no que se refere a opiniões e palpites alheios não requisitados.
Eis que passamos o tão
temido e comentado primeiro mês do bebê. Vem que vou te dizer como foi!
Depois do meu lindo parto, que você pode ler o relato aqui , nós passamos 3 dias na maternidade. Foi uma
escolha minha, em partes, já que senti um certo receio de partir sozinha com
meu companheiro e bebê pra casa. Minha mãe que veio pra França na expectativa
de ver o Rudá nascer, partiu de volta para o Brasil 2 dias depois dele ter
nascido. No hospital as enfermeiras me ajudaram no primeiro banho do Rudá
depois das primeiras 24h, a segunda noite dele sem dúvidas que, se estivéssemos
em casa teríamos voltado para o hospital, porque ele simplesmente chorou a
noite inteira, e eu estava exausta e sem dormir quase 48h, entre trabalho de
parto e a 1a noite, na qual fiquei totalmente sem sono admirando minha cria que
em seu 1o dia de vida só quis mamar e dormir.
O leite descia e o peito
estava a ponto de explodir. Rudá não conseguia mamar de tão duros que meus
seios estavam. As enfermeiras vinham regularmente me ajudar a ordenhar a fim de
que não ficassem tão cheios e o Rudá pudesse se alimentar. Chegado o dia de
sair. Peso ok, visita pediátrica ok, teste do pezinho (que não foi no pezinho e
sim na mão) ok, vitamina D, glicose e não sei mais o que que quiseram
administrar ao Rudá: negados! Rudá nasceu e saiu do hospital sem ter
NENHUMA intervenção médica.
A 1a noite dele em casa foi
sim cansativa. Nós mal chegamos e recebemos visitas, e o bonito só fez dormir.
As visitas saíram e o show começou… Passamos umas 2 ou 3 horas tentando
acalmá-lo, bota no peito, tira do peito, colo, carinho, conversa e finalmente
ele dormiu.
Nosso 1o dia sozinhos foi
quase inteiro na cama, meu companheiro saiu para o trabalho e eu e Rudá só
dormíamos, ele mamava e eu passava horas enfeitiçada por essa criaturinha que
fiz.
Dormimos tantas e tantas
vezes com ele sobre nosso peito. E eu me via com aquela cena entre o anjinho e
o capetinha que nos dizia: essa criança só vai querer dormir assim depois, e de
outro lado: que linda essa doação, essa entrega completa para o bem estar do
seu bebê, você jamais se arrependerá disso! E a chupeta? Ah a chupeta, eu que
era tão certa de que jamais ofereceria esse pedaço de plástico para meu filho,
me rendi, disse ao meu companheiro para comprar a tal chupeta porque não sabia
mais acalmar meu filho. E ele mais do que eu sabia o que queria. Ele não
aceitou NENHUMA vez e nenhum tipo delas, compramos 3 e nada! Solução? Dedo
mindinho da mamãe… E lá vinha de novo o capetinha dizendo que eu passaria o
resto da minha vida com o dedo dentro da boca do meu filho. Me peguei chorando
várias vezes quando punha o dedo em sua boquinha, pois me questionava se era
certo isso, tanto pra ele quanto pra mim. E foi assim, feliz demais de ter
mandado esse capeta pra pqp, ter ouvido meu instinto, meu coração e ter dado
todo meu tempo, todo meu amor, meu sono para esse bebê que nos surpreende a
cada dia. Para dormir? Ah dançamos tanto forró juntinhos, cantamos, passeamos e
até compúnhamos juntos.
E seguimos assim o 1o mes,
ele dava crises de choro, provavelmente cólicas? Não sei e jamais saberemos. O
que sei é que estava lá por 24h, 7 dias da semana sem sequer um intervalo.
Perdi o medo de colocá-lo no sling, e então desde que começavam as choradeiras,
sagradas por volta das 20h da noite, púnhamos Rudá no sling e papai subia e
descia as escadas do prédio pra fazê-lo dormir. E nós seguimos assim nosso 1o
mês, nos conhecendo, nos entendendo pouco a pouco, reconhecendo as necessidades
do Rudá, sem faltar colo, amor e carinho. No início até pensei mesmo que teria
sido inútil essa história de carrinho, ele só estava dentro quando dormia ou
quando saíamos. E foram poucas vezes, visto que o Rudá nasceu no inverno
europeu, eu odeio inverno e aproveitando sua fragilidade nao saímos de casa por
quase todo o mês de fevereiro, salvo algumas poucas exceções.
Sabemos que a vida de um
bebê evolui muito rapidamente, hoje o Rudá tem 5 meses e está
completamente diferente do seu 1o mês. Essa fase passou, e mesmo que na época
parecia que nunca fosse acabar, ela acabou. Hoje vivemos outras coisas, outras
maravilhas, outras dificuldades, o puerpério aqui é "brabeza", punk
mesmo. Mas no fundo sigo com o mantra: vai passar! E é tudo muito incrível, e
eu me alegro a cada dia de passar cada fase tão perto, tão presente, com tanto
amor e empatia com meu bebê. Tudo vai progredindo, alegrias e tristezas e essa
é a maravilha da vida, olhar pra trás e sentir que se fez a coisa certa!
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