Tenho
andado intrigada com o ditado: "ser mãe é padecer no paraíso"!
E confirmo: é mesmo! A não ser que você esteja rodeada de mulheres
que passam pela mesma situação que a sua ou que numa rede de apoio
de mulheres você busque um certo conforto, caso contrário o jargão
mais comum é: Ah é assim mesmo, depois passa! Ser mãe é isso! Eu
também passei bons bocados você verá e blá-blá-blá. Alooooou
gente, se o que estamos precisando é de um pouco de compaixão,
sensibilidade e empatia, você não está nos ajudando assim! Mais
SORORIDADE por favor!
E eu na
minha incansável busca para a minha transformação diária enquanto
mãe e pessoa, descobri um mundo maravilhoso que deveria ser buscado
por todas as mulheres, no meu ponto de vista, independente de ser ou
não mães. Estou encantada com o mundo do sagrado feminino. Estou
aprendendo bastante, na minha aceitação, no reconhecimento do meu
lado sombrio, na minha própria rejeição. Enfim, entrar nesse mundo
me fez entender melhor quem sou e o que posso e devo fazer nessa
minha passagem aqui nesse mundo. Isso que eu diria ser uma filosofia
de vida, nos traz ensinamentos sobre nosso corpo, nosso
emocional e nossos ciclos femininos, e ainda orienta de que forma
podemos harmonizá-los com a natureza. É como se uma nova
consciência me abraçasse.
Você
descobre, então, que ser mulher não significa que você deva ter um
parto natural, amamentar ou se sentir bem na própria pele quando
está grávida. Na verdade, o objetivo é entender como você traz
seu amor e feminilidade para todas essas fases da vida. O valor
está em aceitar a naturalidade das coisas, seu histórico de vida,
vontades e capacidades. Aprendendo a se conhecer de forma mais
profunda e a aceitar os acontecimentos da vida e a si mesma, as
feridas começam a ser curadas e nós passamos a ser mais felizes,
amáveis e únicas.
Compartilho
com vocês um texto de tradução e adaptação livres (por mim)
sobre o sagrado feminino e mistérios das mulheres, esse texto é de
uma mulher que vem trabalhando com afinco sobre o empoderamento
feminino, Leesa Wilson, e o texto original você pode ver
aqui.
As
mulheres são lunáticas, podem apresentar alteração de humor com a
lua, são regidas por ela. Se embalam em danças com as raízes, o
sangue e as marés.
As
mulheres cantam canções que somente a alma pode entender, e choram
em uma língua esquecida há tempos.
As
mulheres detêm a sabedoria em seu corpo, e dão a luz a sonhos com a
velocidade das correntezas de um rio.
As
mulheres sabem como serem fluidas.
As
mulheres sabem quando é preciso deixar partir a dor, a dor que
estava há tempos muito difícil para ser dividida.
As
mulheres guardam os segredos escondido dentro de seus ossos, e deixam
traços delas mesmas que suas filhas poderão descobrir quando elas
desaparecerem.
E
se você já se perguntou por que as mulheres mudam de ideia como o
vento... É porque elas aprenderam a se nutrir de coisas insaciáveis
como as palavras, o perfume e o brilho da lua.
As
mulheres nasceram para abraçar, acalmar e reparar as quebras, a fome
e a perda da inocência. É porque as mulheres andam como um lento
rugido de trovão.
É
porque as mulheres passam uma eternidade tecelando veludos, velas e a
magia de um tecido que não será jamais alterado. Apesar das noites
passadas em claro em busca do selvagem, os desejos melancólicos, das
manhãs cheias de tarefas sem fim, é uma vida inteira a criar amor
para os outros.
As
mulheres sabem as razões pelas quais as estações devem mudar, e
por que os ciclos da vida, da morte e do nascer não mudam. É como o
lado sombrio da lua, as mulheres muito mais conscientes que ela,
jamais irão mostrar.
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