Hoje o dia amanheceu ensolarado. Tudo bem, é
verão, você poderia dizer! Mas aqui nessa terra aonde o clima mesmo não sendo
tropical, dias de verão são muitas vezes chuvosos e frescos. Então já posso
começar agradecendo pelo lindo dia que nasce para celebrar minha triunfal
entrada na era Balzac. A mais nova balzaquiana do pedaço.
De repente 30. Hoje é dia de ficar “menos nova”
e os mais chegados sabem como a-do-ro isso! Tudo bem que pode ser cedo para ter
medo do tempo, mas sinto que hoje aos trinta é melhor que aos dezoito, e nem
Balzac poderia prever.
Hoje, olhando pra trás não tenho nenhuma
saudade do passado, nenhuma outra época me trouxe tanta novidade, tanto
autoconhecimento, tanta concretude, tanta alegria e tantas contas (da vida)
para saldar. O olhar mudou, e isso pra mim é simplesmente incrível. Aprendi que
mudar faz parte da vida e engrandece… Já não aceito ser manipulada sem
consciência, aprendi que a vida tem seu tempo próprio para me trazer vivências
e aprendizados. Estou diminuindo minha pressa, minha ânsia e, principalmente,
minha imensa arrogância. Estou aprendendo a doce dança da vida (e da morte).
Amar é aprender os passos, fazer amor é dançar a dança.
O ano de 2015 trouxe pra mim um momento de
muito valor e amor. Me tornei mãe e balzaquiana em sincronia. Isso me trouxe
uma delicadeza que antes eu não havia. Me reconheci mais bicho, apurei olfato,
tato e sensações. Mergulhei em mim, me interiorizei, me tornei um todo,
completa. Claro que tudo não aconteceu da noite para o dia, tudo fez e ainda
faz parte de um processo (contínuo que desejo jamais paralizá-lo). Me permiti
aprender, flexibilizar, olhar atentamente, sem pressa. Ainda quero aprender a
ouvir muito mais… aprender a ficar feliz quando percebo que não tenho razão e,
aos poucos, estou tentando aprender a me deixar cuidar, a me deixar amar… (essa
sim está sendo uma lição difícil).
Estou aprendendo com as pessoas que a vida me
trouxe, o que cada um pode me dar, do seu jeitinho e delicadeza, ainda que seja
muito diferente do meu (ou simplesmente do que espero). Estou aprendendo a
ignorar expectativas, elas podem matar toda esperança de uma vida. Estou
aprendendo a olhar e agradecer pelas oportunidades de viver novidades, mudanças
e até as dúvidas que ainda me assombram.
Ainda sou eu, ainda quero demais, como a menina
que me percebo e aprendi a me acolher.
Há muito venho pensando nessa data, e para os
que me conhecem adoraria passar por ela com uma super festa e perto de todos
que amo. Infelizmente isso não está sendo possível. Mas acreditem, a festa está
rolando em meu coração. Todas minhas células, todo meu ser festeja essa data
que é tão importante pra mim. No mais com festa ou sem festa, eu tenho o melhor
presente e a melhor companhia pra mim hoje e sempre: Rudá, meu guerreiro do
amor!
“Uma mulher de trinta anos tem atrativos
irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos
instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o
vestido. (…) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto
ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a
jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer.”
– Honoré de Balzac –
Lindo texto Mana!!! Parabéns e que todos seus sonhos se realizem, sempre! te amooooooooooooo!
ResponderExcluir<3
ExcluirMuito lindo a mensagem minha filha !! Que Deus te abençoe sempre!!Te amo muitooooo!!
ResponderExcluirAcho que alguem entrou com meu login, rsrsrs
Excluirobrigada mãe, minha musa inspiradora!